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#include <stdio.h>

char *local(void);

void main(void) {
    char *ponteiro = local();
    printf("%s\n", ponteiro); /*Saida = - (*/
}

char *local(void) {
    char nome[12] = "programador";
    char *ponteiro = nome;
    return ponteiro;
}

No exemplo acima tenho a seguinte saída comentada no código "- (" creio eu que seja algum lixo na região da memoria, porem se eu acesso o ponteiro por meio de índice ele me imprime o caractere, por exemplo ponteiro[0] imprimirá "p", agora se eu uso o modificador de tipo de classe de armazenamento static na variável nome a saída ocorre como esperado.

Por que ocorre isso nas três ocasiões citadas?

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    – Maniero
    Commented 4/08/2018 às 11:01

1 Resposta 1

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Vamos entender oque está fazendo cada linha:

char nome[12] = "programador";

Criou um espaço na pilha de dados para um ponteiro para caracteres que ficarão alocados em uma área estática da aplicação. Lá são 12 caracteres (11 úteis por causa do terminador). Este ponteiro é chamado de nome.

char *ponteiro = nome;

Criou um espaço na pilha de dados para um ponteiro (4 ou 8 bytes dependendo da arquitetura) e colocou o ponteiro para o espaço anterior referenciado como nome.

return ponteiro;

Encerrou a execução da função retornando (copiando) o valor desse ponteiro, "destruindo" toda área alocada nesse função (na verdade é só indisponibilizado)

Agora voltamos para a função principal. ponteiro aqui tem o mesmo valor de `ponteiro da função chamada, houve uma cópia.

printf("%s\n", ponteiro); /*Saida = - (*/

O ponteiro aí está apontando e portando acessando a área de memória que foi destruída. Qualquer coisa pode acontecer. Isto chama-se comportamento indefinido.

Quando você coloca um static na variável está dizendo que deseja alocar o conteúdo na área estática da sua aplicação, uma área que nunca é destruída (e diferente do stack), então o dado está lá como deseja.

Este código demonstra melhor o que deseja:

#include <stdio.h>
#include <string.h>

char *local(void) {
    static char nomex[12] = "aaaaaaaaaa";
    char nome[12] = "programador";
    char *ponteiro = nome;
    printf("%s\n", nome);
    printf("%s\n", ponteiro);
    printf("%p\n", (void *)ponteiro);
    printf("%p\n", (void *)nome);
    printf("%p\n", (void *)nomex); 
    printf("%p\n", (void *)&ponteiro); 
    return ponteiro;
}

int main(void) {
    char *ponteiro = local();
    printf("%s\n", ponteiro);
    printf("%c\n", ponteiro[0]);
    printf("%p\n", (void *)ponteiro);
}

Veja funcionando no ideone. E no repl.it. Também coloquei no GitHub para referência futura.

Agora veja este:

#include <stdio.h>
#include <string.h>

char *local(void) {
    static char nomex[12] = "aaaaaaaaaa";
    char nome[12] = "programador";
    char *ponteiro = nome;
    return ponteiro;
}

int main(void) {
    char *ponteiro = local();
    printf("%s\n", ponteiro);
    printf("%c\n", ponteiro[0]);
    printf("%p\n", (void *)ponteiro);
}

Veja funcionando no ideone. E no repl.it. Também coloquei no GitHub para referência futura.

Dependendo do compilador dará resultados diferentes, mesmo não mudando nada nas variáveis.

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  • Bom foi uma ótima explicação mas fiquei com uma dúvida a matriz char nome pode ser visto como um unico ponteiro que aponta , pelo que entendi para pilha de dados ou e só um identificador que armazena x endereços de memória onde cada indice x aponta para uma região da memoria? Commented 15/05/2018 às 4:54
  • É o primeiro, nome aponta para o primeiro caractere na pilha, os demais são acessados por aritmética nome + posicao
    – Maniero
    Commented 15/05/2018 às 11:54
  • Muito bom!!! então uma "string" e inteiro é uma constante alocada em uma área estática? e quando faço uma atribuição estou movendo da área estática para uma área dinâmica? já que matriz é alocada na pilha e uma pilha e uma região dinâmica e mutável correto? Commented 16/05/2018 às 4:59
  • Um literal sim. Uma string geralmente fica em uma área específica de dados, o inteiro já fica na área de código mesmo (a não ser que seja uma sequência de inteiros), mas as duas áreas são estáticas. A primeira atribuição de algo que vem de um literal é mover do estático para o automático (o termo correto da pilha). Uma matriz pode ser alocada na pilha, ou no monte (heap) que é dinâmica. Estas regiões são mutáveis. Pesquise o termos aqui no site, já tem perguntas sobre.
    – Maniero
    Commented 16/05/2018 às 11:33

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