Entendo que a pergunta não diz respeito especificamente à linguagem Javascript e sim ao conceito de executar um linguagem no cliente, especificamente num navegador web. Nesse sentido, parece que das respostas foi direto ao ponto.
Existem vários motivos pelos quais alguém quer executar uma linguagem no client. Alguns são legítimos, outros não.
Usabilidade, Interatividade, Experiência do usuário
Usuário feliz continua usando o sistema e valoriza o negócio.
- Validação durante o preenchimento, com feedback imediato.
- Atualizações assíncronas de informações sem a ação do usuário.
- Interatividade: arrastar e soltar, pequenas animações, etc.
- Auxílio ao usuário, permitindo-o executar ações com menos esforço: campos auto-completar, menus interativos, sliders, etc.
Tudo isso faz muita diferença para quem acessa uma página. Um site de notícias, uma galeria de fotos, tudo isso fica muito melhor com Javascript.
Para muitos isso pode parecer algo sup,rfluo. Se você acha isso, faça argumente com os fundadores do Google, Amazon, Facebook, Microsoft, Apple, etc.
Integração com recursos locais
Outra área não tão explorada é acesso a recursos locais, isto é, que estão na estação do usuário. Exemplos são digitalizadores, leitores de código de barras, mouse e teclado.
É claro que na maioria dos casos Javascript não é suficiente para isso, mas estou me referindo a plugins de navegadores ou componentes ActiveX, por exemplo.
Balanceamento de carga
Mais recentemente, com a ascensão do CSS, HTML5 e navegadores mais poderosos e rápidos, começaram a surgir muitas aplicações RIA (Rich Internet Application), isto é, que começam a trazer boa parte do processamento antes realizado apenas no servidor novamente para o cliente.
A centralização do processamento parece oscilar ao longo dos anos. Primeiramente tudo era processado num mainframe e acessado via estações "burras". Então veio o desktop e tudo passou a ser distribuído nos clientes. Então veio a web e tomou o rumo inverso. Voltamos ao servidor "inteligente" e às estações que só exibem e enviam dados. Atualmente, estamos num ponto mais equilibrado. A maior parte das regras de negócio são executadas no servidor, mas as estações estão cada vez mais "inteligentes", no sentido de que são interativas e ricas visualmente e em funcionalidade.
Temos como bons exemplos disso tecnologias como o Google GWT ou Cappuccino.
Um projeto GWT, por exemplo, é implementado em Java e possui dois pacotes principais: client e server. A parte client é convertida em javascript e executa no navegador, geralmente responsável por toda a parte visual e por chamadas RPC via interfaces à parte que fica no server. Praticamente todos os produtos Google como Gmail, Drive e Calendar usam essa tecnologia. A resposta ao usuário é muito mais rápido e o servidor é usado para o que realmente importa.
O projeto Cappuccino é um framework que abstrai quase totalmente o desenvolvimento de um sistema web. Você desenvolve numa linguagem chamada Objective-J, que é uma mistura de Javascript com Objective-C, para gerar uma aplicação rica. O back-end ou server deve utilizar alguma linguagem para permitir comunicação e persistência de dados, mas a implementação é independente dessa camada.