Atualização:
Minha dúvida principal é o que é o limite das coisas e porque se prega separar e o tempo todo os códigos juntam essas coisas [...]
Sendo honesto, eu acho que esse é mais um caso do "faça o que eu falo mas não faça o que eu faço" do mundo do desenvolvimento de software. Sabemos quais são os padrões, as boas práticas, porém nem sempre os aplicamos, seja por falta de tempo ("você tem 2 meses para desenvolver esse sistema, porém já se passaram 6 semanas"); ou pela quantidade de boilerplate ou complexidade que essas implementações indicadas possam causar.
Como assim complexidade? Boilerplate?
Me refiro à aplicações pequenas, apesar de que o entendimento desse termo varie bastante de dev pra dev. Bom, ao adicionar um método para, citando seu comentário, "pegar um hash do objeto" (e até mesmo fazer uma validação em cima disso) me questiono: isso será utilizado em algum outro lugar? Algumas respostas possíveis nos meus projetos:
- Não, é relevante apenas para essa funcionalidade e não há previsão de reutilizar qualquer trecho disso. Então implemento ali mesmo.
- Não, mas esse trecho/método não pertence ao escopo que estou trabalhando (aqui já entra a separação que estamos falando). Porém é overworking criar uma camada/classe/interface para um método de 5 linhas... Vou manter aqui, ou, com a implementação mais simples possível, colocar em outro arquivo/pacote.
- No futuro, talvez. Busco uma alternativa que não aumente significativamente a complexidade do projeto e implemento o código de maneira que possa ser reutilizado.
- Sim/Sim, porquê. A partir desse momento, a única maneira de evitar a cópia-e-cola é escrevendo código reaproveitável. Neste momento, está implícita a necessidade de seguir as boas práticas, separando as responsabilidades de maneira mais clara.
A complexidade que me refiro é subjetiva e bastante opiniativa. Criar uma "camada" da aplicação para alguma programação simples apenas para "seguir o padrão" é indicado, porém o programador pode se questionar "realmente preciso criar uma interface aqui sendo que provavelmente terei apenas uma classe concreta"? Essa é uma dúvida recorrente quando estou, por exemplo, limitado ao Java 7 enquanto crio minha aplicação Android. Quantas linhas de boilerplate seriam economizadas se pudesse usar lambdas ao invés de uma classe anônima?! Talvez seja um exagero particular meu, mas por vezes minha busca por "simplificar a arquitetura" acaba pegando alguns atalhos e descartando boas práticas que seriam mais verbosas.
TLDR;
Meu entendimento empírico do porquê as regras de aplicação e de negócio acabam misturadas é que os programadores têm limitações (tempo, recursos, conhecimento) que exigem tais medidas, e o software muitas vezes é visto como algo que sempre vai exigir manutenção (logo, poderá ser melhorado no futuro).