Em primeiro lugar, acho que essa pergunta ficou sem respostas até agora pois esses conceitos são pouco (para não dizer "nada") importantes para se tornar um bom desenvolvedor em R (ao contrário de outras linguagens).
Na minha resposta vou explicar um pouco as principais estruturas e tipos de dados em R e acredito que isso irá ajudá-lo a entender melhor a linguagem.
No R, a estrutura básica de dados é o vector
(estou usando o nome em inglês para não confundirmos). Os vector
s podem ser:
- atômicos - são os vetores normais que conhecemos, com apenas um tipo.
- listas - são as listas do R, que podem ser heterogêneas.
Os vetores possuem 3 propriedades importantes:
- Possuem um método
lenght
- isto é, sempre podemos chamar lenght(vetor)
.
- Possuem um tipo, identificado pela função
typeof
. os tipos podem ser inteiro
, double
, character
ou list
(além dos tipos especiais para funções como closure
ou builtin
).
- Podem possuir atributos use a função
attributes
para obter.
A grande maioria dos objetos no R são criados a partir de combinações de vector
s e seus atributos.
Exemplos
Uma matriz no R nada mais é do que um vetor atômico com o atributo dim
preenchido:
> x <- matrix(1:10, ncol = 2)
> y <- 1:10
> attr(y, "dim") <- c(5, 2)
>
> identical(x, y)
[1] TRUE
Um data.frame
é uma lista em que todos os elementos precisam ter o mesmo lenght
, o atributes class
é data.frame
e possui um atributo row.names
:
> x <- data.frame(a = 1:5, b = 1:5)
> y <- list(a = 1:5, b = 1:5)
> attr(y, "class") <- "data.frame"
> attr(y, "row.names") <- 1:5
>
> identical(x, y)
[1] TRUE
Até mesmo o objeto resultado de um lm
no R é uma lista, com outros atributos preenchidos. Por exemplo, a classe é lm
.
> mod <- lm(mpg ~cyl, data = mtcars)
> typeof(mod)
[1] "list"
> attributes(mod)
$names
[1] "coefficients" "residuals" "effects" "rank" "fitted.values" "assign" "qr"
[8] "df.residual" "xlevels" "call" "terms" "model"
$class
[1] "lm"
Conclusão
- Quase todos os objetos do R são combinações de
vector
s + seus atributos.
Orientação a objeto no R
No R existem pelo menos 4 maneiras de se criar códigos com orientação a objeto. Para entender melhor a herança entre as classes e etc, vale a pena ler esse capítulo do livro Advanced R.