A resposta descrevendo a decisão do procedimento ideal dependerá de dois fatores:
- Quão resistente o seu modelo é em relação a mudanças, e
- Quão resistente a mudanças são os processos dependentes.
Vamos a uma simulação. No caso mencionado, podemos assumir um modelo como este:
Que se traduz da seguinte maneira:
O domínio onde é expressa a nota de um dado aluno em uma dada matéria.
Temos agora um uma necessidade de overload desse domínio:
Como expressar a razão pela qual um dado aluno não possui nota em uma dada matéria?
O que implica em:
Como expressar uma ausência de nota?
É aí que o valor Null
pode ser importante, servindo como um marcador que indica que o contexto não se aplica ao domínio esperado.:
Temos uma situação onde não posso expressar uma nota, mas não é minha responsabilidade descrever a razão. Sua princesa está em outro castelo.
É neste momento que as duas perguntas acima devem ser avaliadas.
Caso tanto o modelo quanto os processos sejam flexíveis
O recomendado é continuar mantendo o seu modelo físico como uma expressão do modelo lógico (que obviamente requer o domínio Razão pela qual o aluno não possui nota) e refatorar tanto o modelo quanto os processos:
Caso seu modelo seja flexível, porém os processos não
Você pode implementar o novo domínio, mantendo a interface esperada pelos processos não-refatorados.
Uma possibilidade é a alteração do nome da tabela original (que será consumida pelos novos processos que sabem da presença de um novo domínio) e a criação de uma view
com o mesmo nome da tabela antiga (que servirá para alimentar os processos legados):
Este é um processo que atente a qualquer método de leitura; vários SGBDs permitem também a manipulação inferida de dados por uma view (como MS SQL Server e Oracle, por exemplo), permitindo assim que métodos UPDATE
, INSERT
e DELETE
sejam executados via referência.
Caso tanto o modelo quanto os processos sejam rígidos
A opção é criar o domínio em um repositório à parte (outro modelo, ou diretamente no código via enumeração, coleções estáticas ou similares).
Tenha sempre em mente que quanto mais próximo seu modelo de dados for dos domínios que ele procura expressar, melhor; isso se traduz em menores prazos para manutenção, mapeamento de processos e expansão do modelo.
Soluções envolvendo domínios fora de escopo ('tabelas' no código ou similares) ofuscam aspectos do modelo e tendem a Spaghettizar a solução.