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No entanto se você precisa de ajustes finos no seu parser, como lidar com algum elemento de sintaxe que não seja convencional e que não seja possível escrever uma gramática diretamente. Um exemplo disso é o preprocessador do C/C++. Você pode fazer o processo em dois estágios, submetendo o código procecessadoprocessado para o parser. Mas se o fizer perderá informações importantes de diagnóstico e a mensagem de erro pode nada ter haver com o código originalmente escrito. A opção é integrar o preprocessador no parser. Mas nesse caso não há como escrever gramática, você precisa escrever o parser em código.

 

No entanto se você precisa de ajustes finos no seu parser, como lidar com algum elemento de sintaxe que não seja convencional e que não seja possível escrever uma gramática diretamente. Um exemplo disso é o preprocessador do C/C++. Você pode fazer o processo em dois estágios, submetendo o código procecessado para o parser. Mas se o fizer perderá informações importantes de diagnóstico e a mensagem de erro pode nada ter haver com o código originalmente escrito. A opção é integrar o preprocessador no parser. Mas nesse caso não há como escrever gramática, você precisa escrever o parser em código.

No entanto se você precisa de ajustes finos no seu parser, como lidar com algum elemento de sintaxe que não seja convencional e que não seja possível escrever uma gramática diretamente. Um exemplo disso é o preprocessador do C/C++. Você pode fazer o processo em dois estágios, submetendo o código processado para o parser. Mas se o fizer perderá informações importantes de diagnóstico e a mensagem de erro pode nada ter haver com o código originalmente escrito. A opção é integrar o preprocessador no parser. Mas nesse caso não há como escrever gramática, você precisa escrever o parser em código.

 
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Guilherme Bernal
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Num    →   [0-9]+
Base   →   Num | '(' Sum ')'
Prod   →   (Base '*')+* Base
Sum    →   (Prod '+')+* Prod
Num    →   [0-9]+
Base   →   Num | '(' Sum ')'
Prod   →   (Base '*')+ Base
Sum    →   (Prod '+')+ Prod
Num    →   [0-9]+
Base   →   Num | '(' Sum ')'
Prod   →   (Base '*')* Base
Sum    →   (Prod '+')* Prod
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Guilherme Bernal
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É um tipo de parser bastante fácil de ser escrito manualmente por conta da sua característica recursiva. Se torna trivial se a linguagem for regular ou nunca necessitar de backtracking (nesse caso é um LL(1)). O código do parser é também muito similar à gramática que o produziu e pode ser lido com facilidade.

ExprNum      [0-9]+
OpBaseOp [+-] ExprNum | '(' Sum ')'
Prod   →   (Prod '*')? Base
Sum    →   (Sum '+')? Prod

Essa gramática não pode ser processada diretamente, pois o parser LL entende que para poderao ler um OpSum, ele deve primeiro lerassumir que logo em seguida vem um OpSum e checar essa possibilidade, gerando um loop infinito. APara isso funcionar você deve primeiro transformar a gramática pode ser transformada para remover a recursão e ainda assim aceitarque ela seja aceitável para o mesmo conjunto daalgorítmo do LL, assim:

Num    →   [0-9]+
Base   →   Num | '(' Sum ')'
Prod   →   (Base '*')+ Base
Sum    →   (Prod '+')+ Prod

Ela continua aceitando exatamente a mesma linguagem. No, no entanto elanão produzirá umaa mesma árvore de sintaxe invertida (1-2-3-4Sum seria lido comoe (1-(2-(3-4)))Prod viram operações n-dimencionais no lugar de binárias) e precisa de artifícios adicionaisprocessamento adicional para não inverter a ordem dos operadoresajustar.

O interessante aqui é que um símbolo do input nunca é lido mais de uma vez e que o tempo de processamento é claramente linear no tamanho do input (assumindo que o número de regras de produção não seja absurdamente grande, casos práticos). Esse mecanismo pode lidar com recursão sem problemas. Algumas variantes são o LALR e o SLR.

O parser LR aceita um conjunto maior de gramáticas, não tendo problemas com recursão. A gramática a seguir, por exemplo, é perfeitamente aceitável.

Num    →   [0-9]+
Expr   →   Expr '+' Expr | Num

Sendo uma gramática ambigua, a derivação mais à direita será dada (dai o R de LR). 1+2+3 é processado como 1+(2+3).

É um tipo de parser difícil de ser escrito na mão pois sua lógica é na maior parte escrita na forma de tabelas de transformação, não de código. Por outro lado, é simples para ser produzido por outro algoritmo a partir da gramática, um compilador de compiladores. Alguns exemplos são o bison e o yacc que produzem um parser LALR.

Se você pretende escrever o parser você mesmo, sem a ajuda de nenhuma ferramenta, tenda imediatamente a escolher um LL, especialmente se a linguagem for regular ou simples o suficiente para o LL(1). É um modelo fácil de programar e na maioria dos casos a diferença de performance é muito pequena para ser relevante. (existem gramáticas que podem fazer um LL requerer tempo exponencial no tamanho do input, mas estou assumindo casos reais e práticos). É uma boa escolha para quem está iniciando no assunto por permitir realmente entender o que está acontecendo no código com facilidade.

Mas se você planeja um parser de maior complexidade ou que eficiência é importante, o ideal é confiar em uma ferramenta para gerar o parser para você. Na maioria dos casos ela será capaz de fazer simplificações na gramática que a tornam ilegível no código final do parser, mas mais rápida. Quase todas as ferramentas desse tipo produzem parsers LALR, embora algumas usem o LL (como o ANTLR). Nesse caso você descreve a gramática, geralmente em notação de PEG. O diagnóstigo para erros de sintaxe tende a ser melhor também.

No entanto se você precisa de ajustes finos no seu parser, como lidar com algum elemento de sintaxe que não seja convencional e que não seja possível escrever uma gramática diretamente. Um exemplo disso é o preprocessador do C/C++. Você pode fazer o processo em dois estágios, submetendo o código procecessado para o parser. Mas se o fizer perderá informações importantes de diagnóstico e a mensagem de erro pode nada ter haver com o código originalmente escrito. A opção é integrar o preprocessador no parser. Mas nesse caso não há como escrever gramática, você precisa escrever o parser em código.

Eu particularmente escolho escrever um parser (em LL) apenas quando a linguagem é extremamente simples. Para qualquer projeto real utilizo um compilador de compiladoresalguma ferramenta para gerar o parser.

É um tipo de parser bastante fácil de ser escrito manualmente por conta da sua característica recursiva. Se torna trivial se a linguagem nunca necessitar de backtracking (nesse caso é um LL(1)). O código do parser é também muito similar à gramática que o produziu e pode ser lido com facilidade.

Expr → [0-9]+
OpOp [+-] Expr

Essa gramática não pode ser processada diretamente, pois o parser LL entende que para poder ler um Op, ele deve primeiro ler um Op. A gramática pode ser transformada para remover a recursão e ainda assim aceitar o mesmo conjunto da linguagem. No entanto ela produzirá uma árvore de sintaxe invertida (1-2-3-4 seria lido como (1-(2-(3-4)))) e precisa de artifícios adicionais para não inverter a ordem dos operadores.

O interessante aqui é que um símbolo do input nunca é lido mais de uma vez e que o tempo de processamento é claramente linear no tamanho do input (assumindo que o número de regras de produção não seja absurdamente grande, casos práticos). Esse mecanismo pode lidar com recursão sem problemas. Algumas variantes são o LALR e o SLR.

É um tipo de parser difícil de ser escrito na mão pois sua lógica é na maior parte escrita na forma de tabelas, não de código. Por outro lado, é simples para ser produzido por outro algoritmo a partir da gramática, um compilador de compiladores. Alguns exemplos são o bison e o yacc que produzem um parser LALR.

Se você pretende escrever o parser você mesmo, sem a ajuda de nenhuma ferramenta, tenda imediatamente a escolher um LL, especialmente se a linguagem for regular ou simples o suficiente para o LL(1). É um modelo fácil de programar e na maioria dos casos a diferença de performance é muito pequena para ser relevante. (existem gramáticas que podem fazer um LL requerer tempo exponencial no tamanho do input, mas estou assumindo casos reais e práticos).

Mas se você planeja um parser de maior complexidade ou que eficiência é importante, o ideal é confiar em uma ferramenta para gerar o parser para você. Na maioria dos casos ela será capaz de fazer simplificações na gramática que a tornam ilegível no código final do parser, mas mais rápida. Quase todas as ferramentas desse tipo produzem parsers LALR, embora algumas usem o LL (como o ANTLR).

Eu particularmente escolho escrever um parser (em LL) apenas quando a linguagem é extremamente simples. Para qualquer projeto real utilizo um compilador de compiladores.

É um tipo de parser bastante fácil de ser escrito manualmente por conta da sua característica recursiva. Se torna trivial se a linguagem for regular ou nunca necessitar de backtracking (nesse caso é um LL(1)). O código do parser é também muito similar à gramática que o produziu e pode ser lido com facilidade.

Num      [0-9]+
BaseNum | '(' Sum ')'
Prod   →   (Prod '*')? Base
Sum    →   (Sum '+')? Prod

Essa gramática não pode ser processada diretamente, pois o parser LL entende que ao ler um Sum, deve assumir que logo em seguida vem um Sum e checar essa possibilidade, gerando um loop infinito. Para isso funcionar você deve primeiro transformar a gramática para que ela seja aceitável para o algorítmo do LL, assim:

Num    →   [0-9]+
Base   →   Num | '(' Sum ')'
Prod   →   (Base '*')+ Base
Sum    →   (Prod '+')+ Prod

Ela continua aceitando exatamente a mesma linguagem, no entanto não produzirá a mesma árvore de sintaxe (Sum e Prod viram operações n-dimencionais no lugar de binárias) e precisa de processamento adicional para a ajustar.

O interessante aqui é que um símbolo do input nunca é lido mais de uma vez e que o tempo de processamento é claramente linear no tamanho do input (assumindo que o número de regras de produção não seja absurdamente grande, casos práticos). Esse mecanismo pode lidar com recursão sem problemas. Algumas variantes são o LALR e o SLR.

O parser LR aceita um conjunto maior de gramáticas, não tendo problemas com recursão. A gramática a seguir, por exemplo, é perfeitamente aceitável.

Num    →   [0-9]+
Expr   →   Expr '+' Expr | Num

Sendo uma gramática ambigua, a derivação mais à direita será dada (dai o R de LR). 1+2+3 é processado como 1+(2+3).

É um tipo de parser difícil de ser escrito na mão pois sua lógica é na maior parte escrita na forma de tabelas de transformação, não de código. Por outro lado, é simples para ser produzido por outro algoritmo a partir da gramática, um compilador de compiladores. Alguns exemplos são o bison e o yacc que produzem um parser LALR.

Se você pretende escrever o parser você mesmo, sem a ajuda de nenhuma ferramenta, tenda imediatamente a escolher um LL, especialmente se a linguagem for regular ou simples o suficiente para o LL(1). É um modelo fácil de programar e na maioria dos casos a diferença de performance é muito pequena para ser relevante. (existem gramáticas que podem fazer um LL requerer tempo exponencial no tamanho do input, mas estou assumindo casos reais e práticos). É uma boa escolha para quem está iniciando no assunto por permitir realmente entender o que está acontecendo no código com facilidade.

Mas se você planeja um parser de maior complexidade ou que eficiência é importante, o ideal é confiar em uma ferramenta para gerar o parser para você. Na maioria dos casos ela será capaz de fazer simplificações na gramática que a tornam ilegível no código final do parser, mas mais rápida. Quase todas as ferramentas desse tipo produzem parsers LALR, embora algumas usem o LL (como o ANTLR). Nesse caso você descreve a gramática, geralmente em notação de PEG. O diagnóstigo para erros de sintaxe tende a ser melhor também.

No entanto se você precisa de ajustes finos no seu parser, como lidar com algum elemento de sintaxe que não seja convencional e que não seja possível escrever uma gramática diretamente. Um exemplo disso é o preprocessador do C/C++. Você pode fazer o processo em dois estágios, submetendo o código procecessado para o parser. Mas se o fizer perderá informações importantes de diagnóstico e a mensagem de erro pode nada ter haver com o código originalmente escrito. A opção é integrar o preprocessador no parser. Mas nesse caso não há como escrever gramática, você precisa escrever o parser em código.

Eu particularmente escolho escrever um parser (em LL) apenas quando a linguagem é extremamente simples. Para qualquer projeto real utilizo alguma ferramenta para gerar o parser.

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Guilherme Bernal
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