É importante ter em mente que embora o branco seja o resultado da soma do vermelho, do verde e do azul, isso não significa que cada uma destas três cores representa um terço do branco. Isso não é verdade, e pode ser percebido facilmente de forma empírica ao notar-se que o verde puro é brilhante, enquanto que o vermelho puro é fosco e o azul puro é escuro.
Na verdade, a proporção exata da composição da luz branca depende da disposição das diferentes células receptoras na retina do olho do observador, condições de saúde, cansaço, idade e stress do observador, das condições de iluminação, do brilho e contraste da tela, do ângulo e direção entre o plano da tela e a linha de visada do observador, do tipo da tela (reflexiva ou anti-reflexiva, CRT, LED, plasma, LCD, retroprojetor, kindle, etc), entre muitas outras variáveis, podendo até mesmo variar de um olho para outro em uma mesma pessoa com visão normal e saudável.
Mas, desconsiderando-se estas variáveis que estão fora do controle do programador e pressupondo que o usuário tenha uma visão saudável e esteja usando uma tela de boa qualidade em um ambiente com iluminação adequada, há uma fórmula que vi em um livro uma vez há alguns anos que dava a seguinte proporção:
É uma pena que não lembro o título, mas o bfavaretto deu três referências para isso nos comentários: 11, 22 e 3, embora existam pequenas variações nos fatores exatos.
Ter em mente estes fatores da composição do brilho é importante para o caso de você quiser fazer um algoritmo de anti-aliasing que considere que os subpixels têm diferentes cores.
Essa mesma fórmula dada acima para a cor branca, pode ser usada para medir-se o brilho de uma determinada cor a partir de seus componentes vermelho, verde e azul. De acordo com esta página, a fórmula recomendada pela W3C (parecida com essa anterior) é:
Entretanto, essa mesma página diz que essa fórmula pode falhar ainda. Por exemplo, a cor (240, 0, 30) é um pouco mais brilhante que (80, 80, 80), sendo que por essa fórmula da W3C, a primeira teria um brilho de 75,18 enquanto que a segunda teria 80 (). O motivo disso é que o brilho é na verdade a distância que uma cor tem em relação ao preto, e não apenas a soma ponderada dos valores das suas tonalidades.
Se considerarmos todas as cores dispostas como diferentes pontos internos em um paralelepípedo onde um dos vértices é o preto, o vértice oposto é o branco, os vértices adjacentes ao preto são o vermelho, o verde e o azul e os vértices opostos a esses são o ciano, o magenta e o amarelo (nesta ordem), teríamos que uma das dimensões corresponde ao valor do componente vermelho, a outra do componente verde e a outra do componente azul. Se definirmos o tamanho de cada uma das dimensões desse paralelepípedo como a intensidade do componente da cor correspondente, então poderíamos usar a distância euclideana do ponto ocupado por uma cor qualquer dentro desse paralelepípedo até o vértice da cor preta como uma medida do brilho. Assim, para calcular a intensidade de uma cor, basta usar o teorema de Pitágoras. Se usarmos os valores da W3C, chegaríamos a esta fórmula:
Nesta fórmula, os brilhos das cores acima seriam 131,62 e 80.