Em construtor não há problema algum porque efetivamente não há polimorfismo nele. Você só pode chamar o construtor da classe específica que deseja, não tem porque ter polimorfismo nesse caso.
Só precisa verificar se não está ferindo o princípio de substituição Liskov. Um tipo derivado não pode modificar as restrições que não existiam no tipo original, a substituição precisa ser perfeita. Mas aí é uma análise que depende de forte contexto e envolve todo o tipo.
O mesmo vale para qualquer método que não deseja o polimorfismo. O problema vai ocorrer nos métodos polimórficos.
Métodos polimórficos
Vamos dizer que tenha um método m
em Bar
com três parâmetros, e em Foo
esse método tem apenas um parâmetro.
Pensa que você cria uma função que deve receber um Bar
. Obviamente pode enviar um Foo
para ela já que todo Foo
é um Bar
. Nessa função você chama m
passando 3 argumentos. Mas o m
que será chamado é o do Foo
que só tem 1 parâmetro. 2 parâmetros serão descartados e não produzirá o que espera.
function m(Bar $x) {
$x->m('Error Processing Request', 10, 1000000000);
}
class Bar {
public function m($message, $code, $timer) {
echo "Bar\n";
var_dump($message, $code, $timer);
}
}
class Foo extends Bar {
public function m($message) {
echo "Foo\n";
parent::m($message, 0, time());
}
}
m(new Foo);
Veja funcionando no ideone. E no repl.itno repl.it. Também coloquei no GitHub para referência futura. Note que este código tem warnings dependendo da versão.
Então este caso é semanticamente errado.
Você pode pensar que se for o oposto pode funcionar.
function m(Bar $x) {
$x->m('Error Processing Request');
}
class Bar {
public function m($message) {
echo "Bar\n";
var_dump($message);
}
}
class Foo extends Bar {
public function m($message, $code, $timer) {
var_dump($code, $timer);
echo "Foo\n";
parent::m($message);
}
}
m(new Foo);
Veja não funcionando no ideone. E no repl.itno repl.it. Também coloquei no GitHub para referência futura.
Era o que deseja? Acho que não. É semanticamente errado.
Pode existir alguma situação que é correto? Acho que pode, mas provavelmente nem era para ter polimorfismo ali. O polimorfismo pressupõe que há uma substituição perfeita.