Edição feita para expandir meu comentário anterior:
As hipóteses que testei para as subparcelas em meu código acima foi
H_0: a inclinação nas retas das subparcelas é igual
H_1: há pelo menos um par de inclinações nas retas das subparcelas que é diferente
Eu pensei melhor sobre o problema e estou achando que estas hipóteses não fazem sentido. Veja o primeiro gráfico que desenhei. A inclinação das respostas dentro de AV1 e AV2 me parecem ser diferentes de zero, enquanto a reta dentro de AV3 me parece ter inclinação igual a zero.
E agora vem uma parte importante, que não depende de contas.
Vamos pensar um pouco. Será mesmo que podemos utilizar apenas 5 pontos para determinar se há uma relação entre uma variável preditora e uma variável resposta? Veja, no primeiro gráfico, como os pontos não se organizam muito bem numa reta dentro de AV1 e AV2. Veja como eles estão muito mal organizados em formato de reta.
O caso das respostas em AV3 é ainda pior. Ali temos um comportamento linear, como o de AV1 ou AV2, com uma reta? Ou é uma reta com inclinação zero? Ou é uma parábola? Ou uma cúbica? Matematicamente, tendo 5 pontos para a variável preditora, podemos ajustar até um polinômio de quarta ordem.
Mas isto faz sentido? Eu, pensando melhor no assunto, acho que não. Inclusive, estou achando que ajustar uma reta a estes dados não é uma boa ideia, e abaixo comento isto melhor.
Entretanto, o teste de hipóteses que fiz reporta que há uma diferença em nas inclinações de um par destas retas. Não fiz os testes de comparações posteriores, mas imagino que as retas dentro de AV1 e AV2 tenham inclinações semelhantes e a reta de AV3 tenha inclinação igual a zero. Não vejo sentido em testar polinômios de ordem mais alta.
Eu defendo que sempre temos que procurar explicações no mundo real para aquilo que encontramos utilizando a estatística. Depois de rodarmos os testes, é fundamental explicarmos o que estamos vendo neste monte de números. O teu problema, depois da tua explicação de ontem, ficou claro para mim. Me parece fazer sentido dizer que, se a dose de Adubação Orgânica (Fator2
) aumenta, o Diâmetro (resposta
) pode aumentar para duas épocas de avaliação (Fator1
, níveis AV1
e AV2
) ou não aumentar (Fator1
, níveis AV3
). Só saberemos isto de fato se fizermos os testes post-hoc.
Ainda assim, creio que assumir que há uma relação linear entre as variáveis resposta
e Fator2
é uma hipótese muito forte. Na minha opinião, há poucos pontos para que isto possa ser, de fato, assumido. Assim, concordo contigo que deveriam haver 4 graus de liberdade para Fator2
. Porém, assim perderemos o poder de previsão que uma regressão poderia nos dar neste caso. O código, portanto, ficaria
modelo.completo <- aov(resposta ~ Fator1*as.factor(Fator2) +
Error(as.factor(REP)/Fator1), data=dados)
summary(modelo.completo)
Error: as.factor(REP)
Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
Residuals 7 0.03967 0.005667
Error: as.factor(REP):Fator1
Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
Fator1 2 0.7952 0.3976 91.5 9.16e-09 ***
Residuals 14 0.0608 0.0043
---
Signif. codes: 0 ‘***’ 0.001 ‘**’ 0.01 ‘*’ 0.05 ‘.’ 0.1 ‘ ’ 1
Error: Within
Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
as.factor(Fator2) 4 0.5263 0.13158 10.359 7.22e-07 ***
Fator1:as.factor(Fator2) 8 0.5107 0.06383 5.025 4.10e-05 ***
Residuals 84 1.0670 0.01270
---
Signif. codes: 0 ‘***’ 0.001 ‘**’ 0.01 ‘*’ 0.05 ‘.’ 0.1 ‘ ’ 1
Perceba que, ao contrário do meu código original, desta vez tomei o cuidado necessário para transformar em fatores aqueles termos que estavam como números.
Note que, agora, temos uma interação significativa entre Fator1
e Fator2
. Ou seja, Época de Avaliação e Adubação Orgânica interagem entre si. Não sei o que significa Época de Avaliação, mas tem algo a ver com a estação do ano?
Veja que os resíduos continuam um pouco esquisitos:
Comparando os resultados do meu modelo com o teu, eles estão muito mais parecidos. Ainda são diferentes quantitativamente, mas são erros de arredondamento. Aparentemente, depois da minha revisão, chegamos ao mesmo resultado.
Mas este resultado não serve para fazer a previsão que tu deseja. Ele serve para fazer os testes pos-hoc, para comparar as médias entre as subparcelas, mas não podemos fazer previsão. Inclusive, como relatei acima, acho incorreto que façamos previsão neste caso, pois temos muitos poucos dados para estabelecer um critério de relação entre Diâmetro e Adubação Orgânica. Fazer uma comparação entre as médias obtidas para Adubação Orgânica me parece muito mais adequado.