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Certamente que sim. Definir concisamente o que é inteligência é uma tarefa árdua, pois a inteligência tem diferentes aspectos importantes. O reconhecimento e manipulação de símbolos, a linguagem e a comunicação verbal e escrita, a visão, o planejamento, a adaptação com base em experiências (também chamada de aprendizado), etc. A Inteligência Artificial, como sub-área da Engenharia/Ciência da Computação, tem várias preocupações, e uma delas é simular a adaptação e o aprendizado para a resolução de problemas complexos. Se você observar o diagrama do modelo geral de um agente inteligente a seguir, e que eu mencionei originalmente na minha resposta sobre o que é inteligência artificialminha resposta sobre o que é inteligência artificial, perceberá que aquela caixinha com a interrogação precisa conter toda a "lógica" que permitiria ao agente perceber as mudanças no mundo com os sensores (sensors) e decidir a melhor forma de manipular o mundo segundo suas intenções com os atuadores (effectors):

Outros algoritmos podem, ao invés de tentar estimar um valor numérico, predizer um valor enumerativo, que "classifica" um vetor x com as medidas de algo de interesse. Por exemplo, poder-se-ia construir um sistema capaz de identificar em imagens de laranjas as opções "podre" e "boa", ou identificar objetos móveis em um vídeo entre as opções "carro", "moto" e "caminhão". Para uma explicação mais detalhada dessa abordagem, e também alguns outros exemplos concretos, por favor leia esta minha outra resposta aqui no SOPtesta minha outra resposta aqui no SOPt.

Os perceptrons, mencionados pelo colega @Gomiero em sua respostapelo colega @Gomiero em sua resposta, e as redes neurais fazem essencialmente esse mesmo mapeamento (a saída de um neurônio pode indicar um valor, se usado para regressão, ou uma classe, se usado para classificação), e por isso são geralmente considerados métodos de aprendizado supervisionados (apesar de que as redes neurais podem também ser usadas para extrair padrões interessantes de dados, no sentido do próximo tipo de aprendizado). Mas há outros métodos que convém estudar. Como, por exemplo, as árvores de decisão indutivas, em que os dados de treinamento são utilizados para construir uma árvore de verificações que decide a classe de um vetor. Uma árvore de decisão nada mais é do que uma sequência de if's encadeados que verificam cada um dos atributos do dado (os valores do vetor x) para decidir qual é a resposta (y). Há algoritmos que permitem construir a árvore a partir de dados de treinamento, como o ID3, que utiliza a entropia nos dados para decidir quais atributos verificar antes dos demais (por oferecer ganho mais imediato a cada decisão).

Certamente que sim. Definir concisamente o que é inteligência é uma tarefa árdua, pois a inteligência tem diferentes aspectos importantes. O reconhecimento e manipulação de símbolos, a linguagem e a comunicação verbal e escrita, a visão, o planejamento, a adaptação com base em experiências (também chamada de aprendizado), etc. A Inteligência Artificial, como sub-área da Engenharia/Ciência da Computação, tem várias preocupações, e uma delas é simular a adaptação e o aprendizado para a resolução de problemas complexos. Se você observar o diagrama do modelo geral de um agente inteligente a seguir, e que eu mencionei originalmente na minha resposta sobre o que é inteligência artificial, perceberá que aquela caixinha com a interrogação precisa conter toda a "lógica" que permitiria ao agente perceber as mudanças no mundo com os sensores (sensors) e decidir a melhor forma de manipular o mundo segundo suas intenções com os atuadores (effectors):

Outros algoritmos podem, ao invés de tentar estimar um valor numérico, predizer um valor enumerativo, que "classifica" um vetor x com as medidas de algo de interesse. Por exemplo, poder-se-ia construir um sistema capaz de identificar em imagens de laranjas as opções "podre" e "boa", ou identificar objetos móveis em um vídeo entre as opções "carro", "moto" e "caminhão". Para uma explicação mais detalhada dessa abordagem, e também alguns outros exemplos concretos, por favor leia esta minha outra resposta aqui no SOPt.

Os perceptrons, mencionados pelo colega @Gomiero em sua resposta, e as redes neurais fazem essencialmente esse mesmo mapeamento (a saída de um neurônio pode indicar um valor, se usado para regressão, ou uma classe, se usado para classificação), e por isso são geralmente considerados métodos de aprendizado supervisionados (apesar de que as redes neurais podem também ser usadas para extrair padrões interessantes de dados, no sentido do próximo tipo de aprendizado). Mas há outros métodos que convém estudar. Como, por exemplo, as árvores de decisão indutivas, em que os dados de treinamento são utilizados para construir uma árvore de verificações que decide a classe de um vetor. Uma árvore de decisão nada mais é do que uma sequência de if's encadeados que verificam cada um dos atributos do dado (os valores do vetor x) para decidir qual é a resposta (y). Há algoritmos que permitem construir a árvore a partir de dados de treinamento, como o ID3, que utiliza a entropia nos dados para decidir quais atributos verificar antes dos demais (por oferecer ganho mais imediato a cada decisão).

Certamente que sim. Definir concisamente o que é inteligência é uma tarefa árdua, pois a inteligência tem diferentes aspectos importantes. O reconhecimento e manipulação de símbolos, a linguagem e a comunicação verbal e escrita, a visão, o planejamento, a adaptação com base em experiências (também chamada de aprendizado), etc. A Inteligência Artificial, como sub-área da Engenharia/Ciência da Computação, tem várias preocupações, e uma delas é simular a adaptação e o aprendizado para a resolução de problemas complexos. Se você observar o diagrama do modelo geral de um agente inteligente a seguir, e que eu mencionei originalmente na minha resposta sobre o que é inteligência artificial, perceberá que aquela caixinha com a interrogação precisa conter toda a "lógica" que permitiria ao agente perceber as mudanças no mundo com os sensores (sensors) e decidir a melhor forma de manipular o mundo segundo suas intenções com os atuadores (effectors):

Outros algoritmos podem, ao invés de tentar estimar um valor numérico, predizer um valor enumerativo, que "classifica" um vetor x com as medidas de algo de interesse. Por exemplo, poder-se-ia construir um sistema capaz de identificar em imagens de laranjas as opções "podre" e "boa", ou identificar objetos móveis em um vídeo entre as opções "carro", "moto" e "caminhão". Para uma explicação mais detalhada dessa abordagem, e também alguns outros exemplos concretos, por favor leia esta minha outra resposta aqui no SOPt.

Os perceptrons, mencionados pelo colega @Gomiero em sua resposta, e as redes neurais fazem essencialmente esse mesmo mapeamento (a saída de um neurônio pode indicar um valor, se usado para regressão, ou uma classe, se usado para classificação), e por isso são geralmente considerados métodos de aprendizado supervisionados (apesar de que as redes neurais podem também ser usadas para extrair padrões interessantes de dados, no sentido do próximo tipo de aprendizado). Mas há outros métodos que convém estudar. Como, por exemplo, as árvores de decisão indutivas, em que os dados de treinamento são utilizados para construir uma árvore de verificações que decide a classe de um vetor. Uma árvore de decisão nada mais é do que uma sequência de if's encadeados que verificam cada um dos atributos do dado (os valores do vetor x) para decidir qual é a resposta (y). Há algoritmos que permitem construir a árvore a partir de dados de treinamento, como o ID3, que utiliza a entropia nos dados para decidir quais atributos verificar antes dos demais (por oferecer ganho mais imediato a cada decisão).

Fim da Recompensa com 100 pontos de reputação concedidos por Wallace Vizerra
Algumas correções ortográficas e adição da referência ao ID3.
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Luiz Vieira
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Machine Learning pode ser traduzido simplesmente como Aprendizado (ou Aprendizagem) de Máquina (ou Computacional). O termo se refere a um enorme conjunto de técnicas que visam construir sistemas computacionais cujo comportamento seja definido com base em dados existentes. Como o comportamento do sistema não seria diretamente programado, mas sim adaptado de algum "conhecimento" previamente adquirido, essa abordagem teria uma similaridade com a forma como animais (entre eles, nós, humanos) aprendem com a experiência.

Certamente que sim. Definir concisamente o que é inteligência é uma tarefa árdua, pois a inteligência tem diferentes aspectos importantes. O reconhecimento e manipulação de símbolos, a linguagem e a comunicação verbal e escrita, a visão, o planejamento, a adaptação com base em experiências (também chamada de aprendizado), etc. A Inteligência Artificial, como sub-área da Engenharia/Ciência da Computação, tem várias preocupações, e uma delas é simular a adaptação e o aprendizado para a resolução de problemas complexos. Se você observar o diagrama do modelo geral de um agente inteligente a seguir, e que eu mencionei originalmente na minha resposta sobre o que é inteligência artificial, perceberá que aquela caixinha com a interrogação precisa conter toda a "lógica" que permitiria ao agente perceber as mudanças no mundo com os sensores (sensors) e decidir a melhor forma de manipular o mundo segundo suas intenções com os atuadores (effectors):

Da mesma forma que é difícil definir o que é inteligência, também é difícil definir concisamente o que é aprendizado. Mas aA noção mais trivial (e que interessa no escopo da Ciência da Computação) é de que aprendizado é a capacidade de se adaptar com a experiência. Um sistema computacional inteligente seria capaz de aprendizado se alterasse seu comportamento conforme observasse os efeitos das ações próprias e de outros no ambiente em que atua. O oposto de tal sistema é aquele que insiste em determinada ação mesmo que ela já se tenha demonstrado como inefetiva para seus propósitos (apesar de que continuar fazendo a mesma coisa na espera de resultados diferentes é, segundo creditado a EinstenEinstein, a definição de insanidade e não de burrice. hehehe).

Adaptação é algo ainda amplo. Por exemplo, os primeiros modelos computacionais de autômatos celulares, particularmente o famoso Jogo da Vida (quem tiver tempo sobrando, brinque com uma implementação dele em Javascript neste link), buscavam construir sistemas capazes de se replicar. Se essa cópia de si mesmo não for exatamente a mesmaigual à anterior, ela pode permitir/implementar a adaptação conforme necessidades especiais do ambiente de uma forma similar ao que ocorre na evolução. De fato, um paradigma parecido e chamado de Algoritmos Genéticos usa um princípio similar de adaptação de indivíduos para realizar buscas e/ou otimizações interessantes na resolução de problemas. Porém, dizer que esse tipo de abordagem é aprendizado de máquina é bastante discutível.

Nesse tipo de abordagem, o algoritmo utiliza como entrada um conjunto prévio de dados coletados do mundo real e utilizadosutilizado para "treinamento" antosantes do uso propriamente dito (dai a palavra "supervisionado"). Esse conjunto de dados tem uma parte (geralmente chamada de x) que contém as características de interesse do problema (imagine x como um vetor de valores quaisquer, de forma que o conjunto de dados contém várias linhas x1, x2, x3, etc, para cada exemploexemplo coletado do mundo real), e outra parte (geralmente chamada de y) que contém o o valor que decorre das características em x ou a classe dos exemplos do mundo real (imagine que cada y1, y2, y3 indica o que as respectivas linhas x1, x2, x3 descrevem ou representam). Assim, a ideia é que o sistema "aprenda" o mapeamento entre x e y a partir dos dados de treinamento, para que posteriormente seja capaz de "prever" o valor de y para um novo x, isto é, o valor de uma função ou a classe a qual um novo exemplo (um novo vetor xn com todas as características medidas) pertence.

O exemplo de "algoritmo" mais comum nesse tipo de abordagem é a Regressão Linear. Com esse método, é possível estimar uma função linear (uma equação da forma y = ax + b) que descreva o comportamento de um conjunto de dados (um mapeamento x -> y) segundo uma correlação linear. Tendo-se "aprendido" essa equaçãofunção, é possível estimar o valor de y para um novo x qualquer apenas utilizando-a com os novos parâmetros.

Outros algoritmos podem, ao invés de tentar estimar um valor numérico, predizer um valor de enumeração, digamos)enumerativo, que "classifica" um vetor x com as medidas de algo de interesse. Por exemplo, poder-se-ia construir um sistema capaz de identificar em imagens de laranjas as opções "podre" e "boa", ou identificar objetos móveis em um vídeo entre as opções "carro", "moto" e "caminhão". Para uma explicação mais detalhada dessa abordagem, e também alguns outros exemplos concretos, por favor leia esta minha outra resposta aqui no SOPt.

Os perceptrons, mencionados pelo colega @Gomiero em sua resposta, e as redes neurais fazem essencialmente esse mesmo mapeamento (a saída de um neurônio pode indicar um valor, se usado para regressão, ou uma classe, se usado para classificação), e por isso são geralmente considerados métodos de aprendizado supervisionados (apesar de que as redes neurais podem também ser usadas para extrair padrões interessantes de dados, no sentido do próximo tipo de aprendizado). Mas há outros algoritmosmétodos que convém estudar. Como, por exemplo, as árvores de decisão indutivas, em que os dados de treinamento são utilizados para construir uma árvore de verificações (if's) que decide a classe de um vetor. Uma árvore de decisão nada mais é do que uma sequência de if's encadeados que verificam cada um dos atributos do dado (os valores do vetor x) para decidir qual é a resposta (y). Há algoritmos que permitem construir a árvore a partir de dados de treinamento, como o ID3, que utiliza a entropia nos dados para decidir quais atributos verificar antes dos demais (por oferecer ganho mais imediato a cada decisão).

Machine Learning pode ser traduzido simplesmente como Aprendizado (ou Aprendizagem) de Máquina (ou Computacional). O termo se refere a um enorme conjunto de técnicas que visam construir sistemas computacionais cujo comportamento seja definido com base em dados existentes. Como o comportamento do sistema não seria diretamente programado, mas sim adaptado de algum "conhecimento" previamente adquirido, essa abordagem teria uma similaridade com a forma como animais (entre eles, nós, humanos) aprendem com a experiência.

Certamente que sim. Definir concisamente o que é inteligência é uma tarefa árdua, pois a inteligência tem diferentes aspectos importantes. O reconhecimento e manipulação de símbolos, a linguagem e a comunicação verbal e escrita, a visão, o planejamento, a adaptação com base em experiências (também chamada de aprendizado), etc. A Inteligência Artificial, como sub-área da Engenharia/Ciência da Computação, tem várias preocupações, e uma delas é simular a adaptação e o aprendizado para a resolução de problemas complexos. Se você observar o diagrama do modelo geral de um agente inteligente a seguir, e que eu mencionei originalmente na minha resposta sobre o que é inteligência artificial, perceberá que aquela caixinha com a interrogação precisa conter toda a "lógica" que permitiria ao agente perceber as mudanças no mundo com os sensores e decidir a melhor forma de manipular o mundo segundo suas intenções com os atuadores:

Da mesma forma que é difícil definir o que é inteligência, também é difícil definir concisamente o que é aprendizado. Mas a noção mais trivial (e que interessa no escopo da Ciência da Computação) é de que aprendizado é a capacidade de se adaptar com a experiência. Um sistema computacional inteligente seria capaz de aprendizado se alterasse seu comportamento conforme observasse os efeitos das ações próprias e de outros no ambiente em que atua. O oposto de tal sistema é aquele que insiste em determinada ação mesmo que ela já se tenha demonstrado como inefetiva para seus propósitos (apesar de que continuar fazendo a mesma coisa na espera de resultados diferentes é, segundo creditado a Einsten, a definição de insanidade e não de burrice. hehehe).

Adaptação é algo ainda amplo. Por exemplo, os primeiros modelos computacionais de autômatos celulares, particularmente o famoso Jogo da Vida (quem tiver tempo sobrando, brinque com uma implementação dele em Javascript neste link), buscavam construir sistemas capazes de se replicar. Se essa cópia de si mesmo não for exatamente a mesma, ela pode permitir a adaptação conforme necessidades especiais do ambiente de uma forma similar ao que ocorre na evolução. De fato, um paradigma parecido e chamado de Algoritmos Genéticos usa um princípio similar de adaptação de indivíduos para realizar buscas e/ou otimizações interessantes na resolução de problemas. Porém, dizer que esse tipo de abordagem é aprendizado de máquina é bastante discutível.

Nesse tipo de abordagem, o algoritmo utiliza como entrada um conjunto prévio de dados coletados do mundo real e utilizados para "treinamento" antos do uso propriamente dito (dai a palavra "supervisionado"). Esse conjunto de dados tem uma parte (geralmente chamada de x) que contém as características de interesse do problema (imagine x como um vetor de valores quaisquer, de forma que o conjunto de dados contém várias linhas x1, x2, x3, etc, para cada exemplo coletado do mundo real), e outra parte (geralmente chamada de y) que contém o o valor que decorre das características em x ou a classe dos exemplos do mundo real (imagine que cada y1, y2, y3 indica o que as respectivas linhas x1, x2, x3 descrevem ou representam). Assim, a ideia é que o sistema "aprenda" o mapeamento entre x e y a partir dos dados de treinamento, para que posteriormente seja capaz de "prever" o valor de uma função ou a classe a qual um novo exemplo (um novo vetor xn com todas as características medidas) pertence.

O exemplo de "algoritmo" mais comum nesse tipo de abordagem é a Regressão Linear. Com esse método, é possível estimar uma função linear (uma equação da forma y = ax + b) que descreva o comportamento de um conjunto de dados (um mapeamento x -> y) segundo uma correlação linear. Tendo-se "aprendido" essa equação, é possível estimar o valor de y para um novo x qualquer.

Outros algoritmos podem, ao invés de tentar estimar um valor numérico, predizer um valor de enumeração, digamos), que "classifica" um vetor x com as medidas de algo de interesse. Por exemplo, poder-se-ia construir um sistema capaz de identificar em imagens de laranjas as opções "podre" e "boa", ou identificar objetos móveis em um vídeo entre as opções "carro", "moto" e "caminhão". Para uma explicação mais detalhada dessa abordagem, e também alguns exemplos concretos, por favor leia esta minha outra resposta aqui no SOPt.

Os perceptrons, mencionados pelo colega @Gomiero em sua resposta, e as redes neurais fazem essencialmente esse mesmo mapeamento (a saída de um neurônio pode indicar um valor, se usado para regressão, ou uma classe, se usado para classificação), e por isso são geralmente considerados métodos de aprendizado supervisionados (apesar de que as redes neurais podem também ser usadas para extrair padrões interessantes de dados, no sentido do próximo tipo de aprendizado). Mas há outros algoritmos que convém estudar. Como, por exemplo, as árvores de decisão indutivas, em que os dados de treinamento são utilizados para construir uma árvore de verificações (if's) que decide a classe de um vetor.

Machine Learning pode ser traduzido simplesmente como Aprendizado (ou Aprendizagem) de Máquina (ou Computacional). O termo se refere a um enorme conjunto de técnicas que visam construir sistemas computacionais cujo comportamento seja definido com base em dados existentes. Como o comportamento do sistema não seria diretamente programado, mas sim adaptado de algum "conhecimento" previamente adquirido, essa abordagem teria similaridade com a forma como animais (entre eles, nós humanos) aprendem com a experiência.

Certamente que sim. Definir concisamente o que é inteligência é uma tarefa árdua, pois a inteligência tem diferentes aspectos importantes. O reconhecimento e manipulação de símbolos, a linguagem e a comunicação verbal e escrita, a visão, o planejamento, a adaptação com base em experiências (também chamada de aprendizado), etc. A Inteligência Artificial, como sub-área da Engenharia/Ciência da Computação, tem várias preocupações, e uma delas é simular a adaptação e o aprendizado para a resolução de problemas complexos. Se você observar o diagrama do modelo geral de um agente inteligente a seguir, e que eu mencionei originalmente na minha resposta sobre o que é inteligência artificial, perceberá que aquela caixinha com a interrogação precisa conter toda a "lógica" que permitiria ao agente perceber as mudanças no mundo com os sensores (sensors) e decidir a melhor forma de manipular o mundo segundo suas intenções com os atuadores (effectors):

Da mesma forma que é difícil definir o que é inteligência, também é difícil definir concisamente o que é aprendizado. A noção mais trivial (e que interessa no escopo da Ciência da Computação) é de que aprendizado é a capacidade de se adaptar com a experiência. Um sistema computacional inteligente seria capaz de aprendizado se alterasse seu comportamento conforme observasse os efeitos das ações próprias e de outros no ambiente em que atua. O oposto de tal sistema é aquele que insiste em determinada ação mesmo que ela já se tenha demonstrado como inefetiva para seus propósitos (apesar de que continuar fazendo a mesma coisa na espera de resultados diferentes é, segundo creditado a Einstein, a definição de insanidade e não de burrice. hehehe).

Adaptação é algo ainda amplo. Por exemplo, os primeiros modelos computacionais de autômatos celulares, particularmente o famoso Jogo da Vida (quem tiver tempo sobrando, brinque com uma implementação dele em Javascript neste link), buscavam construir sistemas capazes de se replicar. Se essa cópia de si mesmo não for exatamente igual à anterior, ela pode permitir/implementar a adaptação conforme necessidades especiais do ambiente de uma forma similar ao que ocorre na evolução. De fato, um paradigma parecido e chamado de Algoritmos Genéticos usa um princípio similar de adaptação de indivíduos para realizar buscas e/ou otimizações interessantes na resolução de problemas. Porém, dizer que esse tipo de abordagem é aprendizado de máquina é bastante discutível.

Nesse tipo de abordagem, o algoritmo utiliza como entrada um conjunto prévio de dados coletados do mundo real e utilizado para "treinamento" antes do uso propriamente dito (dai a palavra "supervisionado"). Esse conjunto de dados tem uma parte (geralmente chamada de x) que contém as características de interesse do problema (imagine x como um vetor de valores quaisquer, de forma que o conjunto de dados contém várias linhas x1, x2, x3, etc, para cada exemplo coletado do mundo real), e outra parte (geralmente chamada de y) que contém o o valor que decorre das características em x ou a classe dos exemplos do mundo real (imagine que cada y1, y2, y3 indica o que as respectivas linhas x1, x2, x3 descrevem ou representam). Assim, a ideia é que o sistema "aprenda" o mapeamento entre x e y a partir dos dados de treinamento, para que posteriormente seja capaz de "prever" o valor de y para um novo x, isto é, o valor de uma função ou a classe a qual um novo exemplo (um novo vetor com todas as características medidas) pertence.

O exemplo de "algoritmo" mais comum nesse tipo de abordagem é a Regressão Linear. Com esse método, é possível estimar uma função linear (uma equação da forma y = ax + b) que descreva o comportamento de um conjunto de dados (um mapeamento x -> y) segundo uma correlação linear. Tendo-se "aprendido" essa função, é possível estimar o valor de y para um novo x qualquer apenas utilizando-a com os novos parâmetros.

Outros algoritmos podem, ao invés de tentar estimar um valor numérico, predizer um valor enumerativo, que "classifica" um vetor x com as medidas de algo de interesse. Por exemplo, poder-se-ia construir um sistema capaz de identificar em imagens de laranjas as opções "podre" e "boa", ou identificar objetos móveis em um vídeo entre as opções "carro", "moto" e "caminhão". Para uma explicação mais detalhada dessa abordagem, e também alguns outros exemplos concretos, por favor leia esta minha outra resposta aqui no SOPt.

Os perceptrons, mencionados pelo colega @Gomiero em sua resposta, e as redes neurais fazem essencialmente esse mesmo mapeamento (a saída de um neurônio pode indicar um valor, se usado para regressão, ou uma classe, se usado para classificação), e por isso são geralmente considerados métodos de aprendizado supervisionados (apesar de que as redes neurais podem também ser usadas para extrair padrões interessantes de dados, no sentido do próximo tipo de aprendizado). Mas há outros métodos que convém estudar. Como, por exemplo, as árvores de decisão indutivas, em que os dados de treinamento são utilizados para construir uma árvore de verificações que decide a classe de um vetor. Uma árvore de decisão nada mais é do que uma sequência de if's encadeados que verificam cada um dos atributos do dado (os valores do vetor x) para decidir qual é a resposta (y). Há algoritmos que permitem construir a árvore a partir de dados de treinamento, como o ID3, que utiliza a entropia nos dados para decidir quais atributos verificar antes dos demais (por oferecer ganho mais imediato a cada decisão).

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Luiz Vieira
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O aprendizado de máquina envolveinvolve mais tradicionalmente a construção de sistemas capazes de extrair informações a partir de dados conhecidos e utilizar esse comportamento aprendido para a resolução de novos problemas. Por isso, muitas das técnicas utilizadas nessa área são também utilizadas em estatística, business intelligence, data mining (mineração de dados), data science, etc. De fato, há basicamente três abordagens principais no aprendizado de máquina:

O aprendizado de máquina envolve mais tradicionalmente a construção de sistemas capazes de extrair informações a partir de dados conhecidos e utilizar esse comportamento aprendido para a resolução de novos problemas. Por isso, muitas das técnicas utilizadas nessa área são também utilizadas em estatística, business intelligence, data mining (mineração de dados), data science, etc. De fato, há basicamente três abordagens principais no aprendizado de máquina:

O aprendizado de máquina involve mais tradicionalmente a construção de sistemas capazes de extrair informações a partir de dados conhecidos e utilizar esse comportamento aprendido para a resolução de novos problemas. Por isso, muitas das técnicas utilizadas nessa área são também utilizadas em estatística, business intelligence, data mining (mineração de dados), data science, etc. De fato, há basicamente três abordagens principais no aprendizado de máquina:

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