Existe alguma forma de quebrar o Sha-256? Existe um processo matemático para conseguir quebrar?
Preciso criar um programa que gera vários hashes e outro para quebrar sem ter a string original (Similar ao Bitcoin), apenas usando o processamento.
Existe alguma forma de quebrar o Sha-256? Existe um processo matemático para conseguir quebrar?
Preciso criar um programa que gera vários hashes e outro para quebrar sem ter a string original (Similar ao Bitcoin), apenas usando o processamento.
O SHA-256, como qualquer sistema de hash bem feito, é resistente a pré-imagem ("função de mão única"). Isso significa que, dado o valor de um hash, é impraticável se descobrir (com alta probabilidade) algum dado que dê origem àquele hash. Assim, a única maneira conhecida de se "inverter o hash" é gerando uma grande quantidade de dados e hasheando-os um a um, até chegar no mesmo resultado do hash original.
Como o SHA-256 é um hash bastante rápido - e facilmente paralelizável - é possível quebrar muitos hashes caso o dado original seja uma string razoavelmente curta (ex.: senhas típicas de usuários). Por essa razão ele é frequentemente usado em conjunto com um sal, que é um valor aleatório que é concatenado ao dado antes do mesmo ser hasheado, e então salvo junto com o valor do hash. Se esse sal for suficientemente longo (hoje em dia usa-se 64 bits, creio eu, mas para garantir é melhor 128 ou mais) então é totalmente impraticável inverter o hash - pois o número de tentativas necessárias pra acertar é superior ao poder computacional combinado de toda a humanidade.
(Falei bobagem: a dificuldade para inverter um hash é a mesma, usando sal ou não; o sal evita somente que você quebre muitos hashes usando um único processamento. Não use SHA-256 para proteger senhas, ou qualquer outro dado de baixa entropia. A menos que você consiga manter o sal secreto, é claro, mas aí ele é chamado de "chave" e a construção resultante é uma forma de MAC.)
Nota: você menciona o Bitcoin, mas o sistema de mineração do Bitcoin não inverte hashes em nenhuma parte de sua operação. O que é feito é pegar o hash do bloco que está sendo formado (inclui o hash de todo o blockchain atrás dele, numa estrutura conhecida como Merkle Tree) e anexar um valor aleatório, hasheando e vendo se o resultado satisfaz a ao critério de dificuldade da rede. Esse critério é basicamente verificar se o valor final é menor ou igual a um valor arbitrário, que é ajustado pra cima ou pra baixo dependendo do poder de processamento combinado de toda a rede Bitcoin (estimado conforme a frequência com que novos blocos são criados, em comparação com o alvo de 1 bloco a cada 10 minutos).