Boa noite, pessoal. Estudando aqui, achei fantásticas as funções de List Comprehension e filter+lambda, mas ambas me pareceram bem similares em alguns pontos...
Quando é que devo usar List Comprehension em vez de filter+lambda, e vice-versa ?
Eu não diria que uma é "melhor" ou "pior" que a outra, na realidade tanto em desempenho quanto em concisão as duas formas são bastante semelhantes. A única coisa que muda é o estilo de programação.
Estilo imperativo (loop):
impares = []
for i in range(1000):
if i % 2:
impares.append(i)
Estilo funcional (filter
):
impares = filter(lambda i: i % 2, range(1000)) # Python 2
impares = list(filter(lambda i: i % 2, range(1000))) # Python 3
Estilo declarativo (compreensão de lista):
impares = [i for i in range(1000) if i % 2]
Todas as três formas são legíveis e devem possuir desempenho semelhante. O estilo imperativo é menos conciso, de modo que eu só usaria quando a expressão de teste fosse mais complexa (o que faria um único lambda se tornar demasiadamente extenso, exigindo uma função auxiliar pra se manter legível).
Pessoalmente, eu considero a compreensão de listas mais "leve pros olhos", de modo que eu nunca escrevo código usando filter
(principalmente filter
+ lambda
).
Quanto às questões de eficiência apontadas por sergiopereira, de fato o filter
e as compreensões de lista criam uma nova lista, às vezes sem necessidade, o que aumenta o consumo de memória. Já o ifilter
, as expressões geradoras e os generators não criam nem computam nada antes que seja a hora de usar os resultados de fato (e não criam listas persistentes na memória).
Estilo imperativo (generator):
def impar(elems):
for i in elems:
if i % 2:
yield i
for x in impar(range(1000)):
...
Estilo funcional (ifilter
):
for x in ifilter(lambda i: i % 2, range(1000)): # Python 2
...
for x in filter(lambda i: i % 2, range(1000)): # Python 3
...
Estilo declarativo (expressão geradora):
for x in (i for i in range(1000) if i % 2):
...
A resposta depende um pouco da versão do Python que você está usando. Em Python3 o filter
foi refeito utilizando itertools.ifilter
do Python 2.x.
A grande vantagem do ifilter
é o uso menor de memória pois a lista é produzida à medida que vai sendo iterada.
# exemplo em Python 2.7
from itertools import ifilter
# lista de cem mil numeros (seria melhor ainda com xrange)
numbers = range(100000)
[n for n in numbers if n % 2 == 0]
# ==> [0, 2, 4, 6, 8, ... 99998]
filter(lambda x: x%2 == 0, numbers)
# ==> [0, 2, 4, 6, 8, ... 99998]
# usando ifilter (ou filter em Python 3)
ifilter(lambda x: x%2 == 0, numbers)
# ==> <itertools.ifilter object at 0x10d06ce10>
# A lista não foi criada, para ler os elementos é preciso iterar
for n in ifilter(lambda x: x%2 == 0, numbers):
print n
# ==> 0
# ==> 2
# ==> 4
# ==> ...
# ==> 99998
Fora os aspectos de eficiência no uso de memória e estética, eu não lembro de nada mais que diferencie as duas alternativas.
ifilter
- as expressões geradoras.
16/10/2015 às 3:49