Como a fonte no SOen sugere diversos usos para trabalhar com o import.meta.url
Alternative for __dirname in node when using the --experimental-modules flag, no entanto o que não foi falado é que o propósito do fileURLToPath
é além de "resolver" URLs com file://
, como a própria documentação demonstra (url.fileURLToPath
):
fileURLToPath('file:///C:/path/'); // Saída: C:\path\ (Windows)
fileURLToPath('file://nas/foo.txt'); // Saída: \\nas\foo.txt (Windows)
fileURLToPath('file:///你好.txt'); // Saída: /你好.txt (POSIX)
fileURLToPath('file:///hello world'); // Saída: /hello world (POSIX)
Ou seja, ele ajusta para o sistema operacional também, isso é útil aonde realmente é estrito a necessidade dos separadores para o sistema operacional especifico (Windows ou POSIX) e para tratar URLs que esteja codificadas com "porcentagem".
Se a necessidade de obter o caminho do script atual não é estrito ao "separador de pastas" e o import.meta.url
não traz a URL codificada, então não precisa do fileURLToPath
, podemos simplesmente podemos trabalhar com o objeto URL
(veja também https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/API/URL), inclusive a própria documentação do Node sugere que use assim:
Geralmente precisamos de __dirname
para obter outro arquivo no mesmo nível do script ou módulo que está sendo executado, então bastaria usar isso:
console.log(new URL('./foo.txt', import.meta.url));
Pronto, o new URL
já trata o caminho, sem precisar concatenar, sem precisar fazer nada muito além, claro que isso vai retornar uma objeto URL
, mas as funções nativas estão prontas para isso, por exemplo, se desejar ler um arquivo (usei o toString
só para ver output, o ideal é trabalhar com stream
)
Observe que na maioria (se não todos) métodos comuns para trabalhar com "stream", tem o parâmetro que aceita <URL>
, exemplos:
Method |
path param supports |
fs.readFile(path[, options], callback) |
<string> , <Buffer> , <URL> , <integer> |
fs.readFileSync(path[, options]) |
<string> , <Buffer> , <URL> , <integer> |
fs.readdir(path[, options], callback) |
<string> , <Buffer> , <URL> |
fs.readdirSync(path[, options]) |
<string> , <Buffer> , <URL> , <integer> |
fsPromises.readdir(path[, options]) |
<string> , <Buffer> , <URL> |
fsPromises.readFile(path[, options]) |
<string> , <Buffer> , <URL> , <FileHandle> |
Exemplos:
import { readFileSync } from 'fs';
const output = readFileSync(new URL('./foo.txt', import.meta.url));
console.log(output.toString());
Se deseja listar o conteúdo de uma pasta:
import { readdirSync } from 'fs';
readdirSync(new URL('./', import.meta.url)).forEach(function (dirContent) {
console.log(dirContent);
});
Agora claro que concordo que se a intenção é fazer um "log próprio" ou coisas do tipo até vale algumas coisas feitas "na mão" com criar o seu próprio __dirname
, mas para o uso normal do que o Node.js já oferece, dentro do ESMODULES é totalmente possível não depender nem de __filename
e nem de __dirname
, pois os recursos nativos com new URL
já resolvem.
Observe que se você estiver interessado em usar algo como "require" em momentos estratégicos e precisa do caminho absoluto a partir do script principal, você pode usar module.createRequire(filename)
(somente Node.js v12.2.0+) combinado com import.meta.url
para carregar scripts em níveis diferentes do nível do script atual, pois isso já ajuda evitar a necessidade do __dirname
, um exemplo usando o import.meta.url
com module.createRequire
:
import { createRequire } from 'module';
const require = createRequire(import.meta.url);
// foo-bar.js is a CommonJS module.
const fooBar = require('./foo-bar');
fooBar();
Conteúdo do foo-bar.js
:
module.exports = () => {
console.log('hello world!');
};
O que seria semelhante a fazer sem o "ECMAScript Modules":
const fooBar = require('./foo-bar');