Um UUID (ou mesmo um GUID - uma de suas implementações) é essencialmente um número, entre 0
e 2^128
[-1]. Idealmente, ele deveria ser sempre tratado como um número, e principalmente comparado como um número. Converter um UUID pra string, só pra mostrar pro usuário de uma forma conveniente. Entretanto, quando se começa a digitar UUIDs a coisa começa a ficar complicada...
Eu não sei, historicamente falando, se o GUID surgiu primeiro e o UUID veio para padronizá-lo, ou se foi o contrário. Mas o fato é que, sim, a Microsoft não só usa letras maiúsculas num GUID como as usa inconsistentemente. Isso provavelmente foi feito numa época em que não havia um padrão ou, como é típico da Microsoft, simplesmente ignorando os padrões. E depois mantido o que tinha, por compatibilidade. Desconheço a situação com a Apple.
Se seu sistema vai receber como entrada - do usuário ou de outro sistema - um UUID em formato texto, eu sugiro tratar de todas as variações possíveis (com tudo minúsculo, tudo maiúsculo, misturado, com ou sem o {}
em volta, etc) e sempre tomando o cuidado com a codificação (encoding) do texto. A partir daí, use um número mesmo (se factível), e sempre faça qualquer comparação usando números, não texto. Se precisar fornecer um UUID como saída, use o formato padrão. Assim tem boas chances do consumidor desse UUID "entender" o formato - dado que se você usar algo não padronizado, isso pode ser rejeitado ou ainda pior, duplicado (vai que o sistema não checa isso, e salva o mesmo UUID em duas versões, uma com maiúsculas e outra com minúsculas...).
No fim das contas, a "importância" de se seguir o padrão é justamente para evitar erros de interoperabilidade. Sem saber se os sistemas que irão interagir com o seu "normalizam" os UUIDs antes de enviar/depois de receber, não dá pra garantir nada. O ideal é ver com cada sistema específico como é feito esse tratamento, mas na falta disso, seguir o padrão é o caminho com mais chance de sucesso.