A criação do Observer é creditada, segundo Martin Fowler, à implementação do MVC no SmallTalk (veja GUI Architectures). A ideia central do padrão é notificar observadores quando algum observável encontra-se em um estado de interesse dos observadores. No caso do MVC, os modelos eram observáveis e as visões observadoras. Quando o modelo mudava, a visão era notificada e alterava aquilo que era exibido para o usuário.
Nenhum (nenhum talvez seja muito forte) padrão de projeto é, em essência, ruim. Existem cenários em que seu uso pode ser interessante e outros em que não. É sempre importante avaliar os prós e contras, bem como alternativas, quando se escolhe entre um padrão ou outro.
No caso do Java, conforme o Maniero mencionou, a Oracle menciona como motivação para tornar os componentes obsoletos principalmente o fato de não existir uma ordem garantida para a notificação dos observadores (o que pode ser um problema).
Mas o fato da Oracle ter tornado os componentes obsoletos não significa que você deva parar de usar o padrão. A implementação de Observable e Observer no Java é bem simples. Não é difícil criar uma versão sua que corrija os problemas mencionados pela Oracle.
No link mencionado pelo Maniero com motivos para não usar o Observer, existem várias críticas que se aplicam muito mais ao exemplo que o autor do post escolheu dar do que propriamente às características do padrão, para citar apenas alguns:
Side-effects Observadores não precisam ser stateless. Não creio que haja menção a isso no livro do GoF, mas, mesmo que haja, é uma sugestão de como usar, não uma regra.
Encapsulation Para o exemplo que o autor deu, sim, mas no próprio exemplo mecionado da visão (MVC), não há quebra de encapsulamento.
Composability A necessidade de descartar diversos observadores ao mesmo tempo é muito mais uma demanda específica de domínio do que uma regra geral que possa desmerecer o padrão.
Separation of concerns Aqui o autor do post sugere usar o MVC, talvez não sabendo que sua implementação original previa justamente o Observer...
Quanto ao PropertyChangeListener, um ponto a observar é que ele trata mudanças em propriedades individualmente e não em conjunto, como uma implementação mais genérica do Observer permitiria fazer. Se este for o seu contexto, atende bem.