Os arquivos .lock
nesses dois casos são gerados automaticamente pelo gerenciador de pacotes (composer ou yarn) para garantir qual a versão exata seu código está utilizando.
Nos arquivos .json
correspondentes, você geralmente tem uma constraint de versão, que quando você atualiza (usando o composer update
por exemplo) irá baixar a versão mais recente daquela dependência e em seguida será gerado um arquivo .lock
com as versões que ele baixou.
Caso exista um arquivo .lock
e você execute o comando composer install
, você irá receber a versão exata que está no seu .lock
e não mais a versão mais recente.
Na ausência de um arquivo .lock
, o comando install
tem o mesmo comportamento do update
.
Exemplo:
- Você baixou seu projeto no GitHub e executou
composer install
, sem um arquivo .lock
e tem a dependência batata/db: 5.1.*
como constraint
- No final do comando, o arquivo .lock é gerado e você encontra a seguinte versão:
batata/db: 5.1.4
- Você continuou com seu trabalho e enviou para o GitHub seu arquivo
.lock
que está na sua maquina
- A pessoa que mantêm o
batata/db
corrigiu um bug e decidiu gerar um patch alterando a versão para 5.1.5
- Agora, caso você instale seu projeto em outra maquina, com esse arquivo
.lock
, a versão que você irá receber é a 5.1.4. A dependência só será atualizada ao rodar composer update
.
Devo versionar ou colocar no .gitignore?
Essa é uma dúvida bem comum. A vantagem de se versionar o arquivo .lock
é que garante que aquela versão exata, já testada será baixada, por exemplo, no seu servidor de produção. Assim você permite deploys automatizados onde um script baixa o repositório remoto no seu GitHub por exemplo e execute os comandos de install
para baixar as dependências.
Por outro lado, se você está desenvolvendo um package que será utilizado em outros projetos, fica difícil garantir que todos os contribuidores do projetos tenham a mesma versão de determinada dependência, o que pode gerar vários conflitos nesses arquivos .lock
. Nesses casos manter um arquivo .lock
não é muito interessante e ter somente o .json
já é suficiente, confiando no SemVer das suas dependências.