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Creio que já tenho visto um arquivo chamado manifest relacionado a algumas bibliotecas de certas linguagens de programação. Se me lembro bem, existe um manifest no Android Studio.

Lembro também de ter visto um arquivo chamado manifest.json no framework de PHP chamado Laravel (isso ocorre especificamente quando geramos minificações e unificações ou versionamentos de arquivos JavaScript ou CSS).

A mesma coisa existe também no Google Chrome, onde creio estar relacionado as extensões instaladas.

Como parece ser uma coisa comum entre bibliotecas de diversos tipos, eu gostaria de entender qual é a finalidade desses arquivos manifest.

Pelo que entendi ele tem finalidade de "listar" algum recurso que vão ser utilizados, mas talvez o sentido seja um pouco mais amplo.

Sendo assim gostaria de saber: Qual é a finalidade de um arquivo manifest?

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  • 2
    A ideia do manifest é ser alguma coisa que responde a seguinte pergunta para o sistema operacional, máquina virtual ou ambiente de execução pertinente: "O que é esse troço, para que ele serve e como é que eu executo isso?" 25/06/2016 às 21:17
  • 4
    Essa é uma das perguntas de terminologia mais interessantes que eu vi até agora aqui no site. Queria entender o voto negativo. 25/06/2016 às 21:18
  • 1
    @PabloAlmeida tem acontecido constantemente. Deve ser alguém com raiva de mim. Mas é melhor ignorar 25/06/2016 às 21:19
  • @WallaceMaxters Ah, certo. É que eu já havia notado uma tendência das questões de terminologia de não serem bem aceitas, então pensei que era algo contra o tema. Tem razão, bola pra frente. 25/06/2016 às 21:21
  • 2
    @jbueno Até pensei em colocar como resposta, mas achei curto demais e por isso só coloquei em comentário. Ainda mais sabendo que em pouco tempo alguém (no caso o bigown) iria aparecer para dar uma resposta mais completa. Entretanto, se eu pensar em algo importante que não foi abordado na resposta dele, eu posto uma outra. 26/06/2016 às 19:07

2 Respostas 2

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Normalmente é um arquivo com dados básicos sobre uma aplicação que ajudam a plataforma executar de forma apropriada. Para cada plataforma pode ter alguma especificidade, mas o básico é ter o nome, versão, arquivos que fazem parte da aplicação ou que devem ter alguma ação específica, alguma configuração de como se comportar, eventualmente alguma assinatura digital, etc.

De fato no contexto do Google Chrome ele é usado pelas extensões.

Exemplo pego da Wikipedia:

<?xml version='1.0' encoding='UTF-8' standalone='yes'?>
<assembly xmlns='urn:schemas-microsoft-com:asm.v1' manifestVersion='1.0'>
  <trustInfo xmlns="urn:schemas-microsoft-com:asm.v3">
    <security>
      <requestedPrivileges>
        <!--I am okay with whatever security privilege level-->
        <requestedExecutionLevel level='asInvoker' uiAccess='false' />
      </requestedPrivileges>
    </security>
  </trustInfo>
  <dependency>
    <dependentAssembly>
      <!--I need Microsoft Visual C++ 2008 Runtime to run-->
      <assemblyIdentity type='win32' name='Microsoft.VC90.CRT' version='9.0.21022.8' processorArchitecture='x86' publicKeyToken='1fc8b3b9a1e18e3b' />
    </dependentAssembly>
  </dependency>
</assembly>

Coloquei no GitHub para referência futura.

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  • Hum... Interessante. No caso do Laravel Elixir, como ele trabalha com arquivos de assets, ele gera uma espécie de "apontamento" para a aplicação saber qual arquivo unificado/compactado é oriundo de outro. 25/06/2016 às 21:27
  • 3
    É isso, cada coisa tem um jeito de usar. É um metadado.
    – Maniero
    25/06/2016 às 21:29
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Trivia: O termo se origina da prática náutica, onde o manifesto de carga lista todos os itens (carga ou pessoal) expedidos:

inserir a descrição da imagem aqui

Manifesto de passageiros do SS La Touraine (EUA), outubro de 1913, pgs. 204–05, por Andrew Baker - CC 2.0

Um arquivo manifest, em computação, é um arquivo que contém metadados para um grupo de arquivos que fazem parte de um conjunto ou unidade coerente.

Por exemplo, os arquivos de um programa de computador pode ter um manifesto descrevendo o nome, número da versão e os arquivos que constituem do programa.

Várias linguagens e plataformas utilizam arquivos manifest. Segue abaixo uma lista (não-exaustiva):

  • Java: manifest.mf utilizado para criação de pacotes JAR;
  • Windows: manifest.xml é utilizado para descrever tanto conteúdo quanto como mapeamentos de estrutura de diretório;
  • Android: AndroidManifest.xml possui informações essenciais à execução do programa, como permissões ou capacidades necessárias;
  • NPM: package.json descreve, entre outras coisas, arquivos e dependências;
  • HTML5: o elemento <html> pode possuir uma propriedade, manifest, que provê caching de conteúdo com o objetivo de permitir a aplicações web serem executadas em modo off-line.
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  • composer.json é um manifest do composer então :p 27/06/2016 às 0:02
  • @WallaceMaxters se ele declara conteúdo e/ou informações a respeito do programa, sim, ele é um manifest.
    – OnoSendai
    27/06/2016 às 0:04

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