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Estou começando a desenvolver uma API REST usando ASP.NET WebAPI2.

No meu controller, estou usando o método PATCH para aplicar mudanças parciais a um model.

Tenho um método que está desta forma

[HttpPatch]
[ResponseType(typeof(void))]
public IHttpActionResult EditarNome(int id, string novoNome)
{
    var cliente = _db.Clientes.Find(id);

    if (cliente == null)
    {
        return NotFound();
    }

    cliente.Nome = novoNome;

    _db.Entry(cliente).State = EntityState.Modified;
    _db.SaveChanges();

    return StatusCode(HttpStatusCode.NoContent);
}

Este método, recebe como parâmetro um novo nome e atualiza a propriedade Nome do model.

Na hora de fazer a requisição o endpoint fica api/Clientes/1?novoNome=JoaquimAlbertoSilva

Seguindo essa lógica, eu precisaria criar mais três métodos, para poder dar a opção do cliente editar apenas estas 4 propriedades do model Cliente.

As minhas dúvidas são:

  • Esta abordagem esta certa? Devo fazer apenas um método?

  • Seria melhor eu definir uma rota para cada tipo de alteração? Algo como:
    api/Clientes/1/EditarNome/{novoNome}
    api/Clientes/1/EditarApelido/{novoApelido}

2 Respostas 2

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Com essa abordagem você está sub-utilizando o poder do PATCH. A principal vantagem desse verbo é que o cliente pode enviar somente os atributos a serem alterados, e isso pode ser feito no mesmo resource. Criar uma nova rota para cada atributo significa mais código que o necessário.

O que você precisa usar é o tipo Delta<T> (você precisa incluir um novo pacote do NuGet, Microsoft.AspNet.WebApi.OData). Se você tem uma operação que recebe um parâmetro desse tipo, ele vai conter somente os parâmetros passados pelo cliente, e você pode chamara o método Patch, que aplica tais alterações, como no exemplo abaixo.

[HttpPatch]
[ResponseType(typeof(void))]
public IHttpActionResult EditarNome(int id, Delta<Cliente> alteracoes)
{
    var cliente = _db.Clientes.Find(id);

    if (cliente == null)
    {
        return NotFound();
    }

    alteracoes.Patch(cliente);
    _db.SaveChanges();

    return StatusCode(HttpStatusCode.NoContent);
}

Com esse método, o cliente pode enviar requisições PATCH para qualquer parte do registro a ser alterado. Por exemplo:

PATCH /api/Clientes/1
Content-Type: application/json
Outros-Headers: ...

{ "Nome": "Nome alterado" }

ou também:

PATCH /api/Clientes/1
Content-Type: application/json
Outros-Headers: ...

{ "Apelido": "Novo apelido" }

E você não precisa ter mais de um método para realizar a mesma função (atualizar o objeto no servidor).

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  • 4
    Muito show o Delta<T>. +1. 12/02/2016 às 18:39
  • Incrível. Pretendo testar o Delta<T> ainda. O problema é que eu não posso dar abertura para o cliente editar todo o model. Usando o Delta<T> o cliente pode enviar o objeto inteiro e fazer ele ser completamente atualizado.
    – Jéf Bueno
    12/02/2016 às 18:47
  • Depois de pensar um pouco sobre isso, acho que essa é realmente uma solução muito mais elegante. Obrigado pela contribuição!
    – Jéf Bueno
    15/02/2016 às 12:28
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Esta abordagem está certa?

Sim, segundo respaldo do RFC 5789, que explica como e quando usar o PATCH.

Devo fazer apenas um método?

Se a atualização parcial exigir apenas um método, sim. Se você precisar de outros tipos de atualização parcial, terá de fazer mais métodos ou usar o objeto Delta<T> (conforme a resposta do @carlosfigueira).

Seria melhor eu definir uma rota para cada tipo de alteração?

Sim, eu diria que é uma abordagem das mais elegantes. Deixar tudo num método só também é uma opção, mas pode subir enormemente a complexidade.

Importante!

Não existe meio-patch. Se fizer um patch, certifique-se de usar todos os atributos passados para o método. Qualquer coisa diferente disso é melhor usar PUT (se for uma atualização do objeto inteiro) ou POST.

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  • Você não precisa de multiplas rotas - o Web API tem uma funcionalidade de aplicar somente as mudanças enviadas pelo cliente. Duplicar o código (via multiplas rotas) não é a melhor forma de lidar com esse problema. 12/02/2016 às 18:39
  • @carlosfigueira Depende muito do que ele quer fazer. O PATCH é justamente para pequenas alterações. Como eu disse, se houver muitas delas, o correto é partir para o PUT ou POST. 12/02/2016 às 18:42
  • A semântica do PUT é trocar o objeto que está no servidor pelo que foi enviado pelo cliente - ou seja, mudar todas as propriedades. Mesmo que haja muitas propriedades a serem alteradas, se o cliente não vai enviar o objeto completo, então PUT não é adequado. O POST deveria ser usado para criar novos recursos (objetos / entradas no BD, etc.) mas ele é tão utilizado para outros fins que não dá pra definir uma regra clara para ele... Mas nesse caso (alteração parcial de um objeto), o PATCH é o mais indicado. 12/02/2016 às 18:46

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