Sempre ouço falar de REST
e RESTful
, mas não sei diferenciar um do outro nem para que servem.
Me pareceu algo com padrão de arquitetura de aplicação estilo Common.js.
Só faz sentido saber o que é REST, já que RESTful é apenas a capacidade de fazer REST, ou seja, é uma questão gramatical.
A Representational State Transfer (REST), em português Transferência de Estado Representacional, é uma abstração da arquitetura da World Wide Web, mais precisamente, é um estilo arquitetural que consiste de um conjunto coordenado de restrições arquiteturais aplicadas a componentes, conectores e elementos de dados dentro de um sistema de hipermídia distribuído.
O REST ignora os detalhes da implementação de componente e a sintaxe de protocolo com o objetivo de: focar nos papéis dos componentes, nas restrições sobre sua interação com outros componentes e na sua interpretação de elementos de dados significantes.
Ele foi definido oficialmente pela W3C.
Ele é frequentemente aplicado à web services, fornecendo APIs para acesso a um serviço qualquer na web. Ele usa integralmente as mensagens HTTP para se comunicar através do que já é definido no protocolo, sem precisar "inventar" novos protocolos específicos para aquela aplicação.
Você trabalha essencialmente com componentes, conectores e dados.
Falhando em um dos cinco primeiros itens, a arquitetura não pode ser classificada formalmente como RESTful. Mas nem todo mundo se apega ao formalismo.
Exemplo:
http://example.com/apagar/produto/1234
Significa que você está pedindo para apagar o produto de ID 1234.
Há quem diga que isto está errado. Já que a ênfase é em cima dos recursos, e não das operações, deveria usar assim:
http://example.com/produto/1234 (utilizando o verbo/método DELETE)
Convenhamos que isto pode servir para CRUD, mas existem tantas variações do que precisa ser feito que não é possível representar tudo só com os verbos HTTP. Ok, é possível fazer tudo parecer CRUD, mas talvez exija informações adicionais em nome do formalismo.
Tudo isto é pensado para proporcionar melhor performance, escalabilidade, simplicidade, flexibilidade, visibilidade, portabilidade e confiabilidade.
Cada um define como quiser sua API, ao contrário de SOAP onde tudo é definido oficialmente.
http://example.com/produto/1234 (utilizando o verbo DELETE)
Onde está o uso dele?
Commented
22/08/2017 às 19:56
Segundo Wikipedia:
É pensada como uma imagem do design da aplicação se comportará.
Ou seja, seria algo como, dependendo maneira que se consome um mesmo recurso - recurso esse que pode ser identificado visualmente inclusive - seu comportamento irá mudar.
Vamos ilustrar para facilitar:
Toda as vezes que acessamos algo via browser (navegador), várias requisicões são disparadas. Quando acessa uma página qualquer, uma requisição pelo conteúdo dessa página é criado. Quando esse conteúdo retornar, o browser monta (renderiza) a página, mas essa página requer outros recursos como imagens, fontes, folhas de estilo (css). Para cada recurso, o navegador irá fazer uma nova requisição.
Essas requisições são compostas, principalmente, de três informações:
Quantos aos Verbos, existem 4 que são os mais utilizados:
São serviços que possuem comportamento REST. Ou seja, usando o mesmo design, seu comportamento irá mudar de acordo com a maneira que é consumido
Por exemplo, temos a URL (endpoint) abaixo:
http://www.contoso.com/alunos
Se queremos trazer a lista de alunos, basta realizamos uma requisição GET
:
Request:
[GET] http://www.contoso.com/alunos
Body: empty
A resposta será algo como:
Response:
HTTP Code 200 OK
[
{ id: 1, nome: "Thiago Lunardi" },
{ id: 2, nome: "Joe Satriani"}
]
Mas, se eu quiser adicionar um novo aluno, uso o mesmo design, mas consumindo de outra forma, com requisição POST
:
Request:
[POST] http://www.contoso.com/alunos
Body: { "nome: "Slash" }
HTTP Code 201 Created
{ id: 3, nome: "Slash" }
Continuando, para saber mais detalhes sobre um aluno:
Request:
[GET] http://www.contoso.com/alunos/1
Body: empty
Response:
HTTP Code 200 OK
{
id: 1,
nome: "Thiago Lunardi",
github: "https://github.com/ThiagoLunardi",
website: "http://thiagolunardi.net",
blog: "https://medium.com/@thiagolunardi",
}
Para atualizar informações de um ano, da mesma forma, usamos o mesmo design, e apenas mudamos a forma de consumir o recurso, e ele terá um comportamento diferente:
Request:
[PUT] http://www.contoso.com/alunos/1
Body: { "twitter": "@thiagolunardi13" }
Response:
HTTP Code 200 OK
{
id: 1,
nome: "Thiago Lunardi",
github: "https://github.com/ThiagoLunardi",
website: "http://thiagolunardi.net",
blog: "https://medium.com/@thiagolunardi",
twitter: "@thiagolunardi13"
}
Para excluir:
Request:
[DELETE] http://www.contoso.com/alunos/1
Body: empty
Response:
HTTP Code 204 No Content
Restful
que já li, e nem estava procurando por isso, estava pesquisando se o termo correto é Restful
ou Restfull
, e cai aqui. +1
Commented
18/02/2019 às 19:44
O termo REST significa Representational State Transfer.
Nada mais é que um padrão de arquitetura para criar serviços e disponibilizá-los na Web. Um serviço RESTful é simplesmente aquele que realiza a implementação deste padrão.
Ou seja, não há diferenças.
O termo REST surgiu com o Roy Fielding em uma dissertação que escreveu em 2000. Nesta dissertação ele classificava um serviço REST com algumas características. As principais, entendo eu, seriam:
Ou seja, um serviço REST não é aquele que simplesmente manda um Json de um lado para o outro. Existem certas regras definidas para que possa ser mais fácil de ser usada, mais confiável e com melhor performance.
Um exemplo que deixa isto mais claro é quando comparamos dois serviços http onde um é baseado em REST e o outro não é. Vamos começar com um exemplo de API que gerencia pedidos.
RPC significa Remote Procedure Call. É uma definição genérica que, basicamente, está relacionada a requisições remotas e síncronas (independente do protocolo). Uma simples chamada HTTP sem observar qualquer padrão já pode ser considerada uma chamada RPC.
Sendo assim, a melhor maneira que vejo de explicar o que está próximo do REST é mostrar um exemplo que está bem distante do REST.
Vamos imaginar que queremos criar um novo pedido usando POST
em uma API RPC:
POST /pedidos
{
"NovoPedido": {
"nome": "Nome do Pedido",
"valor": "9.99",
"numero": "1001"
}
}
E para buscar o pedido pelo seu identificador:
POST /pedidos
{
"BuscarPedido": {
"numero": "1001"
}
}
E, por fim, remover o pedido ficaria:
POST /pedidos
{
"RemoverPedido": {
"numero": "1001"
}
}
Bem, isso não é REST. Simplesmente estamos chamando a mesma função com parâmetros diferentes. Não está claro na API que temos diferentes formas de alterar o estado do recurso "pedido".
Vamos ver como ficaria o mesmo exemplo baseando-se no REST.
Em uma API baseada em REST teríamos algo assim para criar pedido:
POST /pedidos
{
"nome": "Nome do Pedido",
"valor": "9.99",
"numero": "1001"
}
Buscar o pedido pelo id nem precisaria de um body na requisição, só usaríamos as informações presente na própria URL, passando o identificador do pedido:
GET /pedidos/1001
E remover o pedido seria parecido com o GET
:
DELETE /pedidos/1001
E cada um dos serviços acima também retornaria o status HTTP correspondente. No caso do POST
seria um 201 CREATED
(que significa "sucesso, recurso foi criado"). No caso do GET seria um 200 OK
("sucesso"). No caso do DELETE
seria um 204 NO CONTENT
("sucesso, sem conteúdo para retornar como resposta").
Porém, os exemplos acima ainda não podem ser considerados de uma API RESTful. Perceba que em alguns momentos eu usei a palavra "baseada" ou "quase" para classificar "RESTibilidade" da API do exemplo anterior.
A maioria dos desenvolvedores acredita que uma API RESTFul pára nos exemplos acima, mas para uma API realmente ser considerada RESTFul ela deveria também aplicar o HATEOAS de acordo com o próprio Roy:
if the engine of application state (and hence the API) is not being driven by hypertext, then it cannot be RESTful and cannot be a REST API. Period.
Creio que esta polêmica de definir o que é uma API REST ou não acabou gerando os níveis de maturidade de uma API Rest, dada a dificuldade (ou até, pouca necessidade) de aplicar o HATEOAS nas APIs. Estes níveis de maturidade podem auxiliar os desenvolvedores a entenderem que ponto suas APIs estão no momento e até onde podemos chegar dada as necessidades da API a ser desenvolvida.